Poluição

Mudanças climáticas: entenda os impactos a longo prazo

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas que o planeta vem enfrentando há muito tempo, tinham apenas causas naturais. Infelizmente com as ações irresponsáveis dos seres humanos, essa alteração desenfreada no clima poderá trazer consequências irreversíveis.

O que são as mudanças climáticas?

O IPCC ou Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas define essas mudanças como uma variação considerada significativa no estado médio do clima a longo prazo.

Essas alterações segundo o IPCC podem ser provocadas por estados naturais da Terra, por forças vinda do espaço como meteoros ou por ações do ser humano.

As ações do ser humano, sem dúvidas são consideradas piores, pois modificam a estrutura da atmosfera graças as suas repetidas ações. Seja nas emissões excessiva de gases poluentes ou na exploração desordenada no solo.

Essas mudanças climáticas tem como consequência principalmente a ocorrência cada vez mais frequente de eventos no clima como a sua variação de temperatura, excesso de concentração de gases maléficos e alteração na produção agrícola.

Histórico das alterações climáticas

O período da Revolução Industrial foi sem dúvidas o pior da história. Pois a quantidade de poluentes como os GEE ou gases de efeito estufa lançados na atmosfera foi muito grande.

No meio desses gases está o mais relevante chamado de dióxido de carbono ou CO2. Sua origem se dá na queima de alguns combustíveis como a gasolina, por exemplo.

O tema principal dos fóruns globais na década de 70 e que permeia até hoje, depois que se constatou as causas antropogênicas dessas mudanças climáticas passou a ser sem dúvidas, os malefícios das atividades humanas no planeta.

Em 1992 então, durante a Eco 92, a UNFCCC ou Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima lançou um projeto importantíssimo.

Com o objetivo de fazer uma estabilização e redução desses gases de efeito estufa na atmosfera causados pelas atividades humanas, estabeleceu-se a Convenção do Clima.

Mas, além dessa Eco 92 outros eventos importantíssimos também foram lançados e que contribuíram bastante para que o tema mudanças climáticas fosse discutido até nos dias hoje.

O IPCC apresentou recentemente um Relatório aos governos mundiais destacando os efeitos do aquecimento global, mais precisamente, os efeitos do aquecimento global de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais até ao ano 2100.

Mudanças climáticas

Possíveis consequências das mudanças climáticas

Infelizmente com as mudanças climáticas, algumas consequências desagradáveis podem acontecer. A seguir você vai conhecer algumas delas, confira.

1 – Maior incidência no surgimento de eventos climáticos extremos

Sem dúvidas, essa é uma das piores consequências que as mudanças climáticas pode trazer para o planeta.

Pois, vamos começar a observas fenômenos que já existem muito mais fortes como secas, ventos e enchentes.

Os setores mais impactados com esses fenômenos serão a economia, a saúde e a infraestrutura da população.

As perdas econômicas e financeiras são estrondosas, em um estudo feito, estimou-se que a perda com esses eventos extremos no clima foi de US$ 3,08 trilhões.

Sabe o que isso significa?

Que esse valor representa cerca de 0,3% do PIB mundial e que as mortes somaram mais de 528 mil.

Países que ainda estão em desenvolvimento, como o Brasil, as perdas podem ser ainda piores e muito mais impactantes.

Isso acontece devido a falta de estrutura e coordenação em relação às políticas públicas de evacuação e prevenção nesses casos climáticos extremos.

No Brasil, no período de 2002 até 2012, as perdas financeiras somaram R$ 355,6 bilhões, afetando aproximadamente 33,9 milhões de brasileiros e desalojando 2,2 milhões.

São números assustadores para um país que ainda está se desenvolvendo, mas que precisa dar mais importância para essas questões tão presentes.

2 – Perda das zonas costeiras

A população mundial que vive nas áreas costeiras chega a 60%, só no Brasil esse número é de 20%. Isso significa que essas pessoas dependem dessas áreas para sobreviverem.

Obviamente, por estarem mais próximas do mar, essas zonas costeiras acabam sendo mais expostas as mudanças climáticas. Isso acontece, por causa da elevação do nível dos oceanos, além de eventos climáticos extremos.

Os principais impactos que acontecem nessa região, são:

  • Danos nas vias públicas e no progresso de urbanização de diversas cidades litorâneas;
  • Impactos nas estruturas de terminais e portos;
  • Impactos sobre a vida marinha e aquíferos;
  • Prejuízos consideráveis nas estruturas de saneamento.

Mudanças climáticas

3 – Impacto sobre a saúde dos seres humanos

Os dados emitidos pela OMS ou Organização Mundial da Saúde conclui que graças aos efeitos provocados pelas mudanças climáticas, cerca de 60 mil pessoas morreram devido aos desastres naturais, provocados por essas mudanças.

Mas, os números não param por aí, segundo a OMS, mais 100 mil morreram apenas com as doenças infecciosas desses episódios.

A infeliz previsão é que entre 2030 e 2050 essas mortes no Brasil podem chegar a 250 mil pessoas.

Além de tudo isso, segundo estudos recentes, a alta concentração de gases poluentes na atmosfera é capaz de elevar e disseminar uma quantidade maior de agentes causadores de doenças.

As doenças cardíacas e respiratórias também podem ser influenciadas com essas alterações no clima.

4 – Mudanças nos ciclos hidrológicos do planeta

São as incidências de radiação solar e as variações de temperatura que influenciam nos ciclos hidrológicos do planeta.

Por isso, as mudanças climáticas conseguem determinar e alterar alguns eventos hidrológicos mais críticos como enchentes e secas por exemplo. Além, de afetar a vazão e distribuição das águas dos rios.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ou IPCC, em seu último relatório divulgado, trouxe alguns dados referentes aos impactos que essas alterações hidrológicas terão no Brasil. Veja:

  • Regiões mais áridas no sul da Amazônia e no centro do Nordeste brasileiro;
  • Aumento nos níveis de chuva na região sul do Brasil.

Outro órgão importante chamado ANA ou Agência Nacional de Águas aponta para algumas ocorrências que poderão existir em relação as vazões das bacias hidrográficas.

Não serão apenas as águas superficiais afetadas, mas também as subterrâneas como os aquíferos. O Nordeste brasileiro terá uma redução de cerca de 70% na recarga de suas águas até o ano de 2050.

Essas informações são assustadoras e nos dão uma noção aproximada do que essas mudanças climáticas podem fazer no planeta.

Deixe seu Comentário