Biorremediação: tipos e principais técnicas

Existem diversos termos e procedimentos envolvendo a natureza e o meio ambiente que quem não é da área acaba nem se interessando. No entanto, muitos desses processos são realmente importantes e ajudam a eliminar substâncias poluentes de determinados locais, como é o caso da biorremediação.

É um método que vem sendo cada vez mais recomendado por vários cientistas, pois não gera poluição e traz resultados realmente eficazes, apesar de não possuir uma ação muito imediata. Não é um assunto muito complicado e com uma rápida pesquisa você consegue encontrar todas as informações necessárias para entender o que é e como funciona a biorremediação, com todas suas aplicações e técnicas.

Se você deseja saber mais sobre a biorremediação, confira a seguir todas as informações que trouxemos hoje.

O que é a biorremediação

A biorremediação é um processo onde as plantas ou outros microrganismos vivos são usados para remover ou reduzir a quantidade de substâncias poluentes em determinados ambientes onde se encontram. Como mencionamos, a ação da biorremediação não tende a ser imediata, pois esses microrganismos que são usados também possuem uma ação condicionada.

É comum que algumas empresas desenvolvam esses organismos de forma genética, aumentando assim a capacidade dos mesmos e também a capacidade de absorção para que possam contribuir mais contra a poluição.

Para que serve a biorremediação

A biorremediação foi um procedimento criado para solucionar o problema que surgia ao fazer a reconstituição de uma área afetada. Nessa área afetada, é preciso realizar uma coleta e fazer toda a retirada do material que contamina a região. Através da biorremediação, esse material recebe um destino correto, ao invés de acabar contaminando outro local.

O principal objetivo desse procedimento é favorecer o equilíbrio ecológico no ambiente que tiver sido afetado com a poluição. Também ajuda a promover a proteção de diversas espécies ao preservar suas respectivas cadeias alimentares.

Como funciona a biorremediação

A biorremediação ou também remediação biológica utiliza agentes biológicos degradadores como bactérias, fungos, enzimas, leveduras e vários outros microrganismos. Essas substâncias atuam desintoxicando as determinadas áreas que foram contaminadas pela poluição, a fim de restaurar o local.

Acabam removendo os poluentes tóxicos tanto orgânicos quanto inorgânicos do meio ambiente que podem ser encontrados nas águas, nos solos e em outros locais. A substância é responsável por metabolizar e digerir toda a poluição e, como consequência, acaba liberando gás carbônico.

A biorremediação pode ser usada em casos de contaminação por petróleo e seus derivados, seja no solo ou nos recursos hídricos. Esse é apenas um exemplo, sendo que a técnica já é bem mais popular no exterior, sendo utilizada para ajudar a remover a poluição de vários ambientes diferentes.

Vantagens e desvantagens da biorremediação

A biorremediação possui alguns benefícios e também algumas desvantagens, sendo muito essencial ficar ciente de ambas as partes antes de adotar a técnica em sua região. O principal benefício da técnica é que ela se trata de um método bem seguro que não trará nenhum tipo de prejuízo para o meio ambiente ou para os seres humanos que vivem na região. Também se destaca por ser uma técnica que exige baixo investimento, principalmente se comparar com outras técnicas de recuperação de locais afetados por poluição.

Em contra partida, a principal desvantagem da biorremediação é que ela engloba técnicas que tendem a ser bem lentas e, ainda, há o risco de usar microrganismos que não são comuns da região e assim acabar provocando o desequilíbrio do local. Por isso é preciso fazer um bom estudo e pesquisa sobre a região, tentando se utilizar de substâncias que sejam presentes na região.

Conheça os tipos de biorremediação

A biorremediação é dividida em dois tipos, sendo eles: biorremediação in-situ e biorremediação ex-situ. Cada um dos tipos ainda se divide nas técnicas que são utilizadas, mas que falaremos mais para frente.

O primeiro tipo consiste no tratamento do material no local, não sendo necessário realizar o transporte da poluição. É uma opção de baixo custo e que permite efetuar a restauração de áreas maiores. Apesar disso, a ação é demorada. O segundo tipo necessita que o material contaminado seja levado para outro local. Isso é mais indicado quando há um risco maior da contaminação se espalhar.

Técnicas de biorremediação

Como mencionamos, dentro de cada tipo de biorremediação, há algumas técnicas que podem ser realizadas, de acordo com a necessidade de cada local. No primeiro tipo de biorremediação, as técnicas existentes são: atenuação natural, bioaumentação, bioestimulação, fitorremediação e landfarming. Já no segundo tipo, há as seguintes técnicas: compostagem e biorreatores.

A atenuação natural consiste em uma descontaminação mais demorada, onde o local deverá ser monitorado. Na bioaumentação, faz-se o uso de microrganismos de alto potencial de degradação, sendo mais usada quando o local está em uma situação bem precária. Na bioestimulação, os microrganismos são estimulados por meio da adição de alguns nutrientes orgânicos e inorgânicos no local. Na fitorremediação, o mesmo é realizado, só que se adiciona plantas no local, sendo mais comum quando a poluição está sendo causada por metais pesados.

Já no segundo tipo, a compostagem é quando o solo acaba sendo removido do local e colocado em formato de pilhas para que os microrganismos transformem a poluição em gás carbônico e água. A técnica de biorreatores consiste no uso de tanques fechados e grandes, onde o solo contaminado é colocado e misturado com água. Depois, por meio do sistema de rotação, ocorre a aeração dos resíduos sólidos.