Infelizmente, são muitas as consequências maléficas que os agrotóxicos provocam no meio ambiente e na saúde dos seres vivos. Ainda não se sabe ao certo o tamanho dessas consequências de utilização. O Brasil é uma vergonha nesse assunto, pois foi considerado o campeão mundial no uso desse tipo de veneno.
O que são os agrotóxicos?
Os agrotóxicos são usados em larga escala para combater principalmente, possíveis ervas daninhas, doenças e insetos que possam prejudicar as plantações. Acontece que esses produtos são químicos e altamente prejudiciais para a saúde humana. Capaz inclusive, de alterar toda a composição da fauna e da flora no meio ambiente.
Muitas pessoas se iludem achando que esse tipo de produto químico é essencial, pois evita a proliferação de agentes que matam as plantações. Sinto muito informar, mas não é bem assim.
Existe uma polêmica muito grande acerca desse produto químico, principalmente em relação às inúmeras doenças que já foram provadas serem em consequência da exposição a esses agentes. Além de outras que ainda são desconhecidas.
Fatos históricos sobre o uso dos agrotóxicos
Desde meados da década de 60 são utilizados agrotóxicos em larga escala, esse período foi chamado inclusive de Revolução Verde na época.
Esta Revolução Verde foi um movimento que teve como principal objetivo o de modernizar a agricultura. Para isso foram utilizadas máquinas de diversos tipos, agrotóxicos e principalmente, sementes alteradas geneticamente. Logicamente que coisa boa não poderia surgir dessas ações. O foco principal era o de aumentar a produtividade.
Foi a partir desse momento que os agricultores, pequenos e grandes, começaram a utilizar agrotóxicos em suas plantações. Muitos sabiam dos riscos e outros não tinham tanto conhecimento assim.
Infelizmente, por causa dessa modificação genética que as sementes sofrem, algumas necessitam de agrotóxicos para poderem se desenvolver. Isso significa, que os agricultores quando compram essas sementes, ficam obrigados a comprar o agrotóxico também.
Os riscos do agrotóxico na saúde e natureza
É muito complexo entender de fato a utilização do agrotóxico na natureza segundo o Ministério do Meio Ambiente. Principalmente por causa de suas ações maléficas nela, podendo contaminar as águas e os solos. E o pior, podendo ser levado pelos ventos e chuvas para lugares distantes, dificultando ainda mais que se faça uma avaliação mais precisa sobre ele.
Além de tudo isso, os processos que o agrotóxico sofre em seu percurso podem ser físicos, biológicos e químicos, alterando assim o seu comportamento.
Isso tudo significa que caso aconteçam alterações nesse subproduto, surgido devido aos caminhos percorridos e que são desconhecidas, os riscos para a saúde humana e meio ambiente também serão desconhecidos.
Os riscos maiores de contaminação serão dos agricultores, das pessoas que moram próximas a essas plantações e as que consomem esse tipo de produto. Isso é terrível, pois o país inteiro corre o risco de ser contaminado, quando existe o consumo dos alimentos com esse produto.
Recentemente, um estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Mato Grosso, identificou a presença de agrotóxico no leite materno de algumas mulheres que tiveram filhos e que moravam em grandes centros urbanos.
A OMS ou Organização Mundial da Saúde afirma que algumas doenças estão relacionadas diretamente ao consumo desses produtos químicos. Algumas delas são: lesões renais graves; arritmias cardíacas; alergias diversas, sendo as respiratórias as mais graves; câncer; fibrose pulmonar; doença de Parkinson e tantas outras.
Como é o uso dos agrotóxicos no Brasil?
A ANVISA ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária afirma que cerca de um terço dos alimentos que ingerimos no dia a dia, estão contaminados com agrotóxicos.
E para piorar, 28% desses alimentos já contaminados, apresentam alguns componentes que não foram autorizados pelo órgão, excedendo inclusive o seu limite de autorização.
Essas informações são absurdas, pois no Brasil existe uma lei que regulamenta exatamente essa utilização. É a chamada Lei de Agrotóxicos, considerada por alguns especialistas, permissiva até demais se for comparada a leis que existem em outros países.
Isso significa que o Brasil permite muito mais a utilização do agrotóxico do que em outros países da União Europeia por exemplo. Os dados a seguir vão fazer você entender melhor.
Entenda alguns dados de consumo do agrotóxico
Cerca de 30% dos 504 agrotóxicos utilizados no Brasil, já foram proibidos na Europa, pois comprovou-se que fazem muito mal a saúde.
O acefato é um deles e que causa efeitos destruidores ao sistema endócrino. Esses dados são de acordo com a ANVISA, ou seja, são confiáveis.
Esses números são assustadores, pois a contaminação dos nossos rios e oceanos pode ser 5 mil vezes maior do que o máximo que se permite na Europa, por exemplo.
Através do PARA ou Programa de Análises de Agrotóxicos em Alimentos, a ANVISA divulgou uma lista dos alimentos que continham os maiores níveis de agrotóxico. São eles:
- Pimentão;
- Morango;
- Uva;
- Cenoura;
- Alface;
- Tomate;
- Mamão.
Quais são as soluções possíveis para a diminuição do consumo
Quando se fala das soluções possíveis para a diminuição da utilização de agrotóxico nas plantações, as opiniões de especialistas de divergem.
Isso acontece porque alguns afirmam que seria impossível manter os níveis de produtividade sem a utilização desses agrotóxicos.
Outros afirma que existem produtos biológicos alternativos e muito menos tóxicos capazes de combater eficazmente as ações das pragas nas plantações.
O mais importante é pensarmos na escolha que fazemos para a saúde e o meio ambiente. Se algo causa doenças no ser humano e destrói a natureza, obviamente, que não deve ser usado.
Agroecologia, o caminho para o futuro!
Até a Revolução Industrial, os alimentos eram produzidos através da utilização da agroecologia. Esse estilo de agricultura é considerável sustentável, pois utiliza basicamente os recursos da própria natureza.
A produção através dessa agricultura é feita com a utilização de plantas, sempre respeitando a biodiversidade local e as culturas existentes. O uso de fertilizante é praticamente zero ou mínimo.
O solo fica intacto e os seus nutrientes são preservados, fazendo com que ocorra a produção normal dos alimentos, reduzindo assim a quantidade de aplicação de produtos químicos no local.
Segundo a ONU, a agroecologia deve substituir o uso indiscriminado de agrotóxico na produção de alimentos. Além de ser benéfica para a saúde humana e para o meio ambiente, ela também permite que os agricultores de pequeno porte produzam seus alimentos sem veneno e mais barato.
Deixe seu Comentário