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Amianto: conheça os perigos e suas principais alternativas

Amianto

O amianto se trata de uma fibra mineral que já foi chamado de “mineral mágico”, mas se tornou uma ameaça a saúde humana após a descoberta dos danos causados por sua composição.

Vale salientar que o amianto tem particularidades diferenciais, como a resistência a elevadas temperaturas, capacidade de isolamento, alta durabilidade, flexibilidade e resistência a ação de ácidos.

Entretanto, as duas variações (amianto branco e o amianto marrom ou azul) são componentes de valor comercial muito baixo. Isso fez com que o elemento fosse muito usado no decorrer do século XX.

Utilização do amianto

Aos poucos, os pesquisadores passaram a encontrar casos de indivíduos contaminados por amianto. Isso porque o organismo de uma pessoa não possui a capacidade de mandar para fora os componentes inalados do amianto.

Há cerca de 20 anos, diversos produtos (telhas, pastilhas de freio, caixas de água, entre outros itens) eram produzidos com esse material no território nacional. Hoje em dia, o uso da matéria foi vedado em mais de 50 nações, inclusive no Brasil, devido ao risco de surgimento de câncer.

De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 100 mil pessoas falecem em função de enfermidades provocadas pelo amianto ano após ano.

Problemas do amianto

Gradativamente, o mineral mágico se tornou uma ameaça. As diversas enfermidades provocadas em trabalhadores do segmento industrial ligado ao amianto, empregados de obras, mineiros e outros profissionais que atuam com esses componentes foram avaliados e se provou o risco para o bem estar.

Afinal, o problema ocorre a partir da inalação do amianto. Isso porque as fibras causam mutações nas celulares no interior do organismo humano, provocando tumores que dão origem ao câncer de pulmão. As partículas, após serem inaladas, jamais são expulsas do organismo.

Além disso, o câncer de pulmão pode surgir em uma pessoa até três décadas depois de ter tido contato com a poeira do amianto, o que acaba por comprometer a possibilidade de diagnostico precoce. Sendo assim, a capacidade de controle dos equipamentos de segurança aos trabalhos é praticamente nula. E os danos não param por ai! Isso porque a natureza também é impactada, já que a contaminação no meio natural é irremediável.

Amianto

O outro lado

No estado de Goiás, há uma grande quantidade de empresas com representação no Congresso Nacional. Esses representantes argumentam que o modelo de usado no mercado nacional é o amianto branco puro, que seria menos agressivo e solicitam a suspensão de sua proibição.

Outra motivação é que o material resulta somente em doenças ocupacionais, ou seja, ligada aos trabalhadores do setor. Todavia, a quebra do amianto em um contexto caseiro ou uma eliminação inadequada na natureza pode provocar a inalação da poeira pelo consumidor desavisado.

Descarte do amianto

A indicação é que o descarte do amianto seja realizado, com outros elementos tóxicos, em locais especializados. Afinal, esse é um componente altamente arriscado e que não pode ser reutilizado ou reciclado. Até mesmo uma telha de amianto com 7 décadas de utilidade pode representar uma ameaça para o morador.

No entanto, a natureza não deve lidar com as sequelas de uma utilização irracional de amianto ao longo dessas décadas. Todavia, muitos fabricantes ainda não sabem indicar uma forma correta para abrir mão dessas telhas e caixas de água.

Sendo assim, o consumidor deve selecionar produtos que não tenham amianto na sua composição. Há opções que possuem elementos oriundos da queima de combustível fóssil, mas ainda assim, podem ser reciclados. Lembrando que o petróleo usado nesses produtos pode ser reduzido através da adoção de combustíveis, como o álcool na rotação de veículos.

Caso você tenha algo de amianto na sua casa ou empresa e deseja jogar fora, é indicado procurar pelos locais preparados para esse descarte ou falar diretamente com a Administração Municipal a fim de providenciar a destinação adequada desse material tão perigoso.

Banimento

A batalha pelo banimento do amianto no território nacional tem como foco a saúde do trabalhador e consumidor. Afinal, a OMS identificou ameaça tanto no amianto quanto no amianto branco. Todas as particularidades foram consideradas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), como extremamente cancerígenas.

Sendo assim, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve uma medida cautelar, solicitada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), sobre a utilização e a venda desse material. E mesmo a variedade branca é ainda a única versão autorizada no território nacional.

Deste modo, o consumidor deve se perguntar sobre a utilização e a venda desse tipo de item que pode ser nocivo a sua saúde e a natureza a sua volta. Para dar conta da oferta, a indústria deve procurar por opções técnicas e econômicas apropriadas para esse cliente mais exigido. Portanto, a discussão do banimento também tem a ver com essa tendência a nível global.

Mas, há políticos que desejam acabar com esse boicote ao amianto, alegando que outras partes do mundo ainda utilizam o material. Um desses mercados é o norte-americano, uma vez que a Agência de Potencia Ambiental autorizou a utilização do componente por meio de itens e matérias domésticas habituais, mesmo com o dado alarmante que das milhares de mortes americanos anualmente devido ao contato com essa matéria.

Amianto

Opções para suprir a ausência do amianto

A confirmação relacionada aos danos gerados pelo amianto oportuniza a analise da capacidade das opções, tais como o polipropileno (PP) e o poli álcool vinílico (PVA). Afinal, o PP já está sendo utilizado no cenário nacional em itens de construção com excelência técnica reconhecida, além de conceder segurança ao funcionário do setor e ao respectivo cliente.

Na atualidade, 48 países não permite a extração, o processo produtivo, a venda e o uso de qualquer um dos tipos de amianto. Conforme a da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Produtos de Fibrocimento (Abifibro), a postura da entidade segue a favor da troca do emprego no cenário nacional.

Levando em consideração que o Brasil já possui tecnologia e itens semelhantes de qualidade e inteiramente regulamentados pelo Ministério da Saúde. Desta maneira, as pessoas poderiam se livrar de uma ameaça para a sua integridade física e mental como o amianto, ao mesmo tempo em que poderia adotar itens confiáveis com valores e qualidade similares.

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